marzo 22, 2013

Pequeno é Sexy


Já comentei algumas vezes e acho que está claro que socialmente somos conduzidos a crer que ter, é ser mais feliz, o que é um grande engodo. O ter pode preencher um vazio de alma em conflito, mas causa danos à saúde e harmonia, como claramente comprova a filosofia de vida do escritor e designer Graham Hill.
Deixo aqui o link de seu excelente texto completo, que vale muito a pena ser lido na íntegra: http://www.treehugger.com/interior-design/graham-hill-describes-living-less-lot-less-new-york-times.html

Seu vídeo explica um pouco de seu projeto e fala sobre várias coisas que já tratamos aqui, como compra consciente, por exemplo.


Graham fala sobre a mudança de um estilo de vida cheio de posses e encargos para gerenciar os mesmos, para um definido pela liberdade e leveza, onde a beleza e funcionalidade estão incluídos.
Vivemos em um mundo de excesso de coisas, onde hiperlojas de 24 horas oferecem dilúvios de oportunidades de compras, on-line inclusive. E não há qualquer indicação de que qualquer uma dessas coisas faz alguém mais feliz, na verdade parece que o inverso pode ser verdadeiro.
Às vezes, pode parecer quase impossível liberar-se da fanática atração de todas as coisas novas que podemos ter ou comprar. Porém Graham descobriu a partir de um relacionamento com a mulher que amava que o fez mudar de perspectiva e perceber que as coisas que realmente importam e são essenciais em sua vida, são as não materiais. Essencialmente falando, Amor e pessoas são o que valem uma vida.

Segundo seu texto:
“... num estudo publicado no ano passado intitulado "A vida em casa, no Século XXI", pesquisadores da UCLA observaram 32 famílias de classe média de Los Angeles e descobriram que todos os picos de estresse hormonal das mães aumentam durante o tempo que têm de lidar com seus pertences. Setenta e cinco por cento das famílias envolvidas no estudo não poderiam estacionar seus carros em suas garagens, porque eles estavam muito congestionados com pertences acumulados.

Nosso gosto por coisas, afeta quase todos os aspectos de nossas vidas. O tamanho das casas, por exemplo, aumentou nos últimos 60 anos. O tamanho médio de uma casa nova americana em 1950 era de 90 metros quadrados, até 2011 a média de casa nova era 230 metros quadrados. E esses números não fornecem um quadro completo. Em 1950, uma média de 3,37 pessoas vivia em cada lar americano, em 2011, esse número diminuiu para 2,6 pessoas. Isto significa que ocupamos três vezes mais a quantidade de espaço per capita do que fazíamos há 60 anos. ...

... Muito do que os americanos consomem nem mesmo encontrar o seu caminho em caixas ou espaços de armazenamento, mas acaba no lixo. Os relatórios do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais, por exemplo, aponta que 40 por cento das compras em comida norte-americanos, vão para o lixo.”

Afinal de contas, o que estamos gerando neste mundo? Qual é o vazio interno que nos contém a ponto de gastarmos tempo, dinheiro e energia para depois direcioná-los ao lixo?

Existe um movimento, ainda que pequeno, em busca do Maior, mais iluminado, uma nova atitude, um novo olhar social, que aumenta com o tempo. Onde as pessoas descobrem que quando se livram das coisas materiais (e a obsessão sobre estas coisas) que atravancam suas vidas, elas estão descobrindo a liberdade de deixar suas vidas se expandir para preencher esse espaço com coisas substanciais que não são matéria, e sim a Essência da Vida: amor, amizade, alegria e diversão. Sobretudo, valores humanos.

Os deixo no espaço da fala de fechamento de Hill, para que pensem e repensem sua atitude de consumo:
 "O meu espaço é pequeno. Minha vida é grande.”

E aqui o vídeo do projeto final de seu apartamento, super prático, leve e elegante:

marzo 07, 2013

Alma Imoral



Hoje vim apenas deixar pensamentos. Na verdade sabedoria que nos faz pensar. São trechos do livro "A Alma Imoral" de Nilton Bonder, livro e peça que recomendo com seis estrelas. Estes trechos "entrecortados" têm em si a mesma essência essencial à Alma. Pare um instante e reflita.

A consciência humana é formada desta descoberta fantástica de que nossa tarefa não é apenas a procriação, mas, nas condições certas e na medida certa, transcender a nós mesmos. Esta traição para nós mesmos, que é vital para a continuidade da espécie, gera o conceito de alma.

 ...

Todo processo de mudança inicia-se por uma traição, o traidor é um transgressor que propõe outra lei, outra realidade, outra tradição. É impossível mudar sem se expor ao erro absoluto. A mutação é imperativa para a continuidade, portanto a traição é da ordem da transcendência.

...

Temos que saber quando o correto é o correto, quando o errado é errado, e quando o bom é o bom. Mas temos que saber principalmente quando o errado é o correto, quando o correto é o errado, e quando o errado é o bom. Compreender um conceito pelo seu contrário é difícil, mas se trata de fotografar a alma.

...

O surgimento do fundamentalismo em nossos tempos é com certeza uma reação legítima a um mundo que quer mudar o eixo do desígnio coletivo para o do indivíduo. Consumir em vez de reproduzir é dar maior ênfase ao meio reprodutor do que ao fim reprodutivo. É priorizar o presente em detrimento do futuro. É poluir mais do que conservar. É, em suma, ameaçar um animal e com isso o ter acuado com toda agressividade e desespero de tal condição.

...

Aquele que nada vê, mas sabe o que não vê, de alguma forma vê o que não vê. Mas aquele que vê, e pensa que tudo o que vê é o que vê, mas não sabe que nem tudo que vê é o que é, de alguma forma já está vendo o que não é.


Au revoir, até já. 
(Ilustração de Kelly Vivanco) 

noviembre 27, 2012

INSPIRE #1

 
Hoje resolvi criar uma nova etiqueta aqui para o blog, se chama: INSPIRE.

Foi através de uma nota publicada hoje que me deixou muito feliz, porque me deu exatamente a dimensão de que estamos mudando.
O mundo está mudando finalmente! E por ver este movimento circulando através de pessoas como Mat. McHugh com suas inspirações e valores, me inspirei para lançar a idéia de incluir aqui no blog estas pessoas e seus movimentos, que fazem a diferença para um mundo mais consciente, sustentável e Essencial.

Mat. é um consagrado músico australiano que já esteve no Brasil com seus shows e creio que continuará a aparecer aqui com seus sucessos. Ele poderia não estar nem aí para a sustentabilidade e valores Essenciais de consumo consciente que tratamos por aqui, muito pelo contrário, por seu trabalho ele poderia ir justo não mão do consumo. Mas ele dá um banho de exemplo a ser seguido por muitos empresários que se dizem politicamente corretos e conscientes.

Seu último álbum, por exemplo, Love come save me, foi disponibilizado gratuitamente com opção de uma compra física onde parte dos recursos recebidos serão usados para caridade.
Deixo um trecho da carta de Mat. aqui:
" ... A conclusão a que cheguei foi que o que fosse que eu criasse tinha que ser sobre o amor e em segundo lugar, tinha que ser compartilhada. Eu fui abençoado o suficiente para ser capaz de passar toda minha vida adulta fazendo música e ter sido premiado com uma vida incrível. Eu encontrei um monte de amor e tenho sido presenteado com muitas coisas. Eu sinto como se a coisa mais "importante" que eu poderia fazer é dar algo de volta. Então, eu fiz um álbum de música que significa mais para mim do que qualquer um antes dele. Eu fiz o melhor disco que eu podia. Eu vou liberá-lo como um download gratuito no meu site com a opção de solicitar uma cópia física, com uma parte dos rendimentos que vão para a caridade. Meu único objetivo é espalhar o amor e dar algo de volta para o Universo." (tradução livre)

Só isto já poderia classificá-lo como um Inspire aqui.  Também tem muita gente que julgaria isto como auto promoção, infelizmente ainda não completamos a virada total da consciência essencial do planeta. Porém o exemplo que ele inspira vai além, se descreve e comprova em suas ações palavras e movimentos diários, além de suas músicas.

Hoje ao ler seu comentário na rede social, esta força motora me comoveu. E me inspirou a criar esta nova etiqueta, pois fica mais próximo da realidade, nossa realidade. Já falei aqui de grandes personalidades, muitas que já se foram, como Ghandi e Audrey Hepburn. Entretanto, creio que ter gente como a gente dando lições diárias de Ser Essencial, não tem preço.

Segue o comentário que li hoje: "O que eu quero dizer é, eu serei livre para não ter que comprar todo produto que é anunciado, não ter de ter a música mais nova e bacana no mais novo e bacana dispositivo, não ficar instigado para ver a mais nova e bacana porcaria que passar na televisão , para não gastar um único segundo tentando perseguir a definição de felicidade de alguém. Valorizar as coisas que me fazem feliz. Estar sem nenhuma pressa para estar em qualquer lugar. Apenas curtir estar onde estou. A cultura do consumo é baseada em fazer os consumidores se sentirem como se eles nunca, nunca tivessem o suficiente. Bens suficientes, amigos suficientes, alegria suficiente, vida suficiente. Nós já temos tudo que precisamos.
Nós temos tido isto o tempo todo." (trad. livre)

Este parágrafo de Mat. resume e traduz tudo que sempre insisto em dizer por aqui. E acho muito pertinente pensar sobre isto na véspera de Natal, quando toda uma sociedade insiste em dizer que você tem de comprar, comprar e comprar. Esquecendo-nos do real significado do Natal, as cidades enlouquecem e se paralizam para o consumo desenfreado e sem sentido. 

Então minha sugestão sustentável, consciente e ESSENCIAL para este seu Natal, que simboliza AMOR e COOPERAÇÃO, duas palavras essenciais e de valores supremos para o novo ano, década, milênio, é: gere amor e cooperção neste Natal e novo Ano. Compre um CD físico do Mat., faça presentes artesanais, compre artesanato de ONGs sustentáveis. Adote uma criança carente. Enfim são muitas as possibilidades de sermos amorosos e seguir novos paradigmas. Doar aos que realmente não têm o suficiente, que no caso de nosso país, são muitos!
Inspire-se no exemplo que Mat. nos dá e inspira.

Seja sustentável, seja Essencial!



Au revoir, até já. _/\_



 

octubre 06, 2012

Vida de Estilo



Hoje vim deixar uma dica que encontrei e quero compartilhar com vocês.
Me senti muito feliz com esta descoberta por somar duas coisas que gosto muito: Moda e ilustração.

Rebecca Moses reuniu todo seu talento e colocou em um livro que além de lindo, é divertido e nutridor. É nutridor, pois alimenta a alma, o coração e a mente além de nos ensinar o que é vida de Estilo, onde completo: vida de Estilo Essencial (a tecla que sempre insisto).

De forma divertida e muito colorida (suas ilustrações são encantadoras), ela nos conduz pelos caminhos de sua longa jornada no mundo da moda e nos conta qual é a essência principal para se viver em grande estilo.

Alguns dirão que ela é muito privilegiada. Sim, têm razão! Mas acho que o maior privilégio dela é saber reconhecer e celebrar o essencial da Vida em Estilo! O que faz com simplicidade e generosamente compartilha as chaves de suas descobertas, para que entendamos e descubramos o nosso próprio estilo, que eu chamo também de poder pessoal,  e saibamos utilizar nossa exclusividade pessoal (já que nascemos únicos), a nosso favor.


Veja um trecho inicial:
" ... Estilo é um reflexo de quem somos, de onde viemos e o que temos experimentado  - de bom, de mau, e de indiferente.  
É o que nos torna os seres únicos que somos.
Tendo a coragem de nos perguntar o que amamos e porque, é realmente começar o processo de compreensão do nosso estilo e melhorar a nossa maneira de viver e comunicar quem somos para o mundo em torno de nós.
Viver uma vida elegante, não é sobre a compra de roupas de grife ou manter "aquele" decorador do momento. Também não é sobre dinheiro. Viver de estilo é viver com amor, nutrir a paixão por sonhar, manter a fé e por último, mas não menos importante, para entender quem somos e como dizê-lo." (tradução livre)


Este livro resume muito bem a essência em que acredito. Acesse (clicando na capa abaixo), leia (se quiser baixe e guarde) e divirta-se em grande estilo! E não se esqueça: Alimente sempre a alma e celebre a Vida! 



Espero que gostem.

Au revoir, até já.

Fonte de imagens:  
http://thebigpieceofcake.com/2010/11/02/needful-things-life-of-style-by-rebecca/

agosto 13, 2012

Beleza Essencial - Diferenças entre Estética e Cosmética


Beleza Essencial é o tema de hoje, mais uma vez. Insisto e não desisto de firmar nesta tecla.

Sou fã confessa do autor do texto que vou incluir aqui hoje, por achar que ele transmite a essência do que teimo em querer passar para vocês:
valores Essenciais.
Quiroga, o autor e astrólogo, ao meu ver tem uma conexão maior com o andar "de cima", traduz as almas humanas com uma luz única. E para nossa sorte ele hoje fez um relato sobre Estética e Cosmétia de forma suscinta e muito eficaz.
Vamos a ele:
"Beleza é fundamental, e não há razão para pedir perdão por esta afirmação, não há culpa nenhuma envolvida nela, pois mesmo a aparente feiura tem seu lugar no infinito Universo e compõe a harmoniosa melodia das órbitas estelares.

Confundir a beleza fundamental com as curvas bem torneadas de um corpo ou o viço de uma pele saudável seria o mesmo que confundir cosmética com estética.
Não é a aparência que garante lugar na beleza essencial, mas compor a presença da forma mais harmoniosa possível com as circunstâncias em que existimos.

Enquanto isso, persistir no desejo de a aparência nossa ser sedutora, atraente, irresistível e plena de sex appeal é apenas participar da brincadeira cósmica, desde que, evidente, acompanhada de nutrição filosófica, boa vontade para sermos pessoas melhores e prestar serviço aos nossos semelhantes.

Porém, quando a cosmética se torna o único objetivo existencial, nos tornamos pessoas vazias, bonitas e atraentes, mas vazias e o vazio cobrará o tributo nos enredando em relacionamentos narcisistas, onde a beleza essencial da reciprocidade brilhará pela ausência.
Ainda mais, o tempo é implacável com a cosmética, fazendo-a decair e resultar no oposto pretendido.

O mesmo tempo, contudo, faz o contrário com a estética, a melhora, assenta, preserva e torna mais serena."
 
Lembro ainda que o equilíbrio é também Essencial! Ou trocando em miúdos: "saco vazio não pára em pé!"
Não podemos nos esquecer que a cosmética ajuda sim, muito as vezes e valoriza o externo. Cultura é muito importante e solidifica o interno! Porém a soma dos dois faz uma beleza única que irradia... 
E marca presença!
 
Deixo ainda um vídeo muito importante. Eu peço que você assista e reflita. É um documentário da BBC com o filósofo Roger Scruton que trata da importância da beleza. Ele tem enfoque nas artes porém trata do VALOR intrínseco da Beleza, de onde ele remonta e quais efeitos socias causam, interna e externamente, ou melhor dizendo: interna.mente e externa.mente. Bem no início ele já aponta:  
"Beleza é um valor, tão importante quanto a verdade e a bondade." Não deixe de ver!
 
 
 
E para finalizar, uma frase essencial de Chanel, eterna diva e mestra de elegância:
" A natureza lhe dá o rosto que você tem aos 20. A vida talha o rosto que você tem aos 30. Mas depende de você merecer o rosto dos 50."
E completo, que do que depender de você, seja um ser Essencial, com valores significativos, que a beleza será consequência.


Au revoir, até já.
_/\_

mayo 14, 2012

A mente que mente

Este vídeo fala por si só.
Por favor assista para entender como sua mente mente! E entenda como somos cumplices e responsáveis em nossas ações diárias e constantes.
Podemos e devemos ser conscientes e livres para não deixar nossa mente mentir.
O vídeo inclui um exercício prático para que consigamos superar estes deslizes mentais...que possamos agir desde nosso Ser interno e não apenas reagir pelo externo.
Não perca!


E Khalil Gibran tão bem descreve e complementa este post:
"E um tecelão disse: fala-nos das roupas.
E ele respondeu: Vossos trajes ocultam muito de vossa beleza, porém não escondem o que não é belo. Embora procureis nos trajes a proteção libertadora de vossa intimidade, neles podeis encontrar arreios e cadeias. Pudésseis enfrentar o Sol e o Vento com mais epiderme e menos roupa, pois o sopro da vida está na luz do Sol e a mão da vida está no Vento".

Consuma consciente.mente sem mentir pra si mesmo.
Au revoir, até já. _/\_

imagem: Alex Grey - Cosmic Christ