julio 29, 2009

E beleza, o que é? O ponte guapa chica!

Continuando a esfera de perguntas e respostas...

Vamos dar uma olhadinha nos conceitos de beleza.

Gosto do que diz a wikipedia:

"A beleza é uma experiência, um processo cognitivo ou mental, ou ainda, espiritual, relacionada à percepção de elementos que agradam de forma singular aquele que a experimenta. Suas formas são inúmeras, e a ciência ainda tenta dar uma explicação para o processo."

Gostaria de indicar dois vídeos sobre a indústria da moda (que vem nos "socorrer" sempre!), já que imagens valem mais que milhões de palavras.
Aproveitem e depois me contem.

Deixo também a pergunta: Em que (onde/como) você baseia seu padrão de beleza?

Beauty Pressure - Campanha Dove



Dove Evolution




Hoje em dia, devemos pensar muito bem antes de consumir, para atuarmos no planeta de forma positiva e sustentável, pois a dita indústria da Moda, também por vezes dita modas nada sustentáveis, apesar de dizerem-se socialmente responsáveis.

Ponte guapa chica! E mantenha-se saudável, esta é a melhor beleza!

O que é Sustentabilidade? E Moda Sustentável?



Trato aqui de Sustentabilidade, de Moda Sustentável, mas nunca tratei antes do tema em si. Como percebi que este tema é quase um tabu entre nós, já que todos falam e nem todos sabem bem o que é...vamos lá, vou tentar elucidar.

Segundo o site da Ecologia Urbana, diz-se:
" Segundo a Wikipédia: Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade. "

Mas afinal de contas o que é sustentabilidade? E o que quer dizer isso?
" Sustentabilidade nos dicionários estará definida como a capacidade de ser sustentável. Mesmo parecendo uma redundância; esse conceito quando aplicado em relação à atuação humana frente ao meio ambiente em que vive, é plenamente compreendido e se assenta como uma luva. Nesse contexto, entendemos que sustentabilidade é a capacidade de um indivíduo, grupo de indivíduos ou empresas e aglomerados produtivos em geral, têm de manterem-se inseridos num determinado ambiente sem, contudo, impactar violentamente esse meio. Assim, pode-se entender como a capacidade de usar os recursos naturais e, de alguma forma, devolvê-los ao planeta através de práticas ou técnicas desenvolvidas para este fim. "

"... É muito importante entender e saber que a adoção de práticas sustentáveis na vida de cada indivíduo é um fator decisivo para possibilitar a sobrevivência da raça humana e a continuidade da disponibilidade dos recursos naturais.

Ao atuarmos de forma irresponsável e queimarmos indiscriminadamente nossos recursos naturais, sem dar tempo ao planeta para se recuperar, estamos provocando a escassez de recursos necessários a nossa sobrevivência e dificultando a vida de milhões de pessoas. Um exemplo clássico disso é a falta de água potável, que muitas comunidades vem enfrentando em alguns países e que, se uma forma mais grave de escassez se manifestar, acabará causando guerras pela posse e conquista das fontes de água potável remanescentes.
Se todos entendessem a importância da adoção de práticas de sustentabilidade desde muito cedo; todas essas alterações climáticas poderiam ser evitadas ou retardadas ao máximo e os recursos naturais estariam disponíveis e fartos por muito mais tempo. O que daria tempo para a humanidade buscar formas mais eficientes para resolver esses problemas em longo prazo.

Ações aparentemente simples e de pouco impacto, quando tomadas por um grande número de pessoas, tornará a sustentabilidade uma realidade palpável e real em qualquer parte onde haja a presença humana e garantirá a sobrevivência de nossa espécie por muito mais tempo."


Em se tratando de Moda Sustentável, no caso do consumidor final, seria uma postura consciente em relação ao consumo dos produtos de moda que adquirimos e como interferir positivamente na Cadeia Produtiva da Moda.

Como? O que? Quem? Você deve estar perguntando. Calma que ninguém vai preso não!

“As Cadeias Produtivas compreendem todas as atividades articuladas desde a pré-produção até o consumo final de um bem ou serviço. ”  (Instituto Gênesis)  Ou seja, a elaboração e fabricação de algo.
Interferir positivamente, de forma sustentável, seria comprar conscientemente, atuar com consumo consciente. Como? Comprando somente o necessário, não a moda mas o Estilo! Como dizia Chanel: a moda passa, o Estilo fica!

Pensando de quem e o que comprar. Será que a marca que você tanto gosta e apóia com sua compra é socialmente responsável? Já parou para pensar nisto? Será que ela emprega mão de obra infantil? Polui rios e nossa água pura do Planeta? Polui nossos ares? O quanto que esta camiseta que você veste conserva ou massacra o planeta e o meio ambiente em que você vive?

É disto que quero tratar aqui.
Duro, polêmico, mas é uma realidade que deve ser tratada. E RE-pensada! E você faz parte disto cada vez que compra, e muitas vezes, joga fora uma peça de roupa sem uso.

Moda Sustentável trata de consumo consciente e não de moda da temporada, de vitrine e alegoria. Mas de estilo e atitude pessoal, que melhora a sua auto-estima, sua alma e seu viver. Que imprime no seu dia a dia uma assinatura de cooperação para uma qualidade de vida do planeta e não apenas do seu universo umbigo.

Por favor, contribua e pratique para o consumo consciente. Eu garanto, você vai se sentir mais bela e feliz.

Au revoir, até já.

imagem: http://www.design-seeds.com/

julio 02, 2009

Malba Tahan

E para completar a última postagem...Uma parte de um conto de Malba Tahan que adoro, que se chama: Uma lenda de Krishnamurti.



“Os trajes que cobrem o corpo não medem o valor do homem.
...Que adianta ao homem vestir-se de sedas e ter a alma nua de virtudes e de predicados?
Interessa-me tão somente as roupagens do espírito e não os vestidos e bordados que cobrem a matéria...”

Deixar-se Amar

Continuando o assunto do Espelho, ou auto-estima, da semana passada, decidi compartilhar este texto sublime e didático com vocês. Refletir é viver.
“Dizem os antigos sábios do Zen que para compreender a realidade, às vezes é necessário pensá-la ao revés: estamos tão condicionados a olhar as coisas de determinada maneira, que os outros pontos de vista ficam sem ser explorados. E no não explorado poderia estar a verdade!

Vamos com este espírito até o tema da auto-apreciação. Quando abordamos essa idéia, o primeiro que costuma surgir é que um "deveria" aprender a querer a esse que um é em sua profundidade; logo que rechaçar-se durante anos, se auto-exigir, depreciar-se, um se dá conta de que necessita lograr fazer as pazes consigo. Então busca estabelecer certa corrente afetiva desde "ESSE," que se é, permanecendo com frequência na luta entre desestimar-lo e aceitá-lo... Ou seja: "Me seria mais fácil aceitar-me a mim mesmo... se não fosse assim, como sou!". Que paradoxo...

Como seria pensar este assunto ao revés? A princípio, vislumbrando que o que chamamos "Si Mesmo" não é nossa identidade superficial, condicionada por todo o aprendido, se não nossa identidade mais recôndita: aquilo que éramos ainda antes de nascer e que seguiremos sendo ainda depois de morrer. Uma porção do Todo encarnada em forma humana.

Nossa Essência. Nosso Centro.

Durante um longo período da vida vivemos nos subúrbios desse Centro (ou as vezes diretamente em outro país interior!); e quando buscamos exercer a famosa "auto-estima" termina sendo... o ego tratando de amar ao ego: pura superfície! Assim, essa "auto-estima" se despenteia ao mais mínimo vento, se despluma ante qualquer crítica ou rechaço do ambiente... E então? Então talvez se trate de algo mais profundo, pois todo amor unilateral está destinado à frustração. Ou seja: não é só trabalhar para "nos querer e aceitar-nos" (desde a periferia até o Centro de si) se não também... deixar-nos amar por nosso Si Mesmo! Ainda que pareça estranho: desde o Centro até a periferia. Vejamos o que é o que isto significa...

O poeta Sufi Rumi (desde o ano 1200) dizia que "o melhor Amor é o Amor sem objeto": o Amor em si, como matéria prima, ainda antes de depositar-se em nada nem em ninguém. Sua fonte está nesse Centro com o qual necessitamos restabelecer contato (como o tivemos quando éramos crianças, mas que perdemos ao crer-nos ser o da periferia, o condicionado... o irreal!). Rumi perguntava: "Te visitas a ti mesmo com regularidade?". Desde esta visão invertida, a tarefa é nos dispor não só a "nos querer e aceitar-nos", se não também a RECEBER a afetividade que pode IRRADIAR ATÉ NÓS nosso Si Mesmo. Ele valora os imperfeitos esforços humanos que tenhas feito para se re-contatar, -a cegas e sem guia-... difícil tarefa que muitíssimos nem se quer tentam. Te convidamos a explorar, pouco a pouco, como seria deixar-te amar por essa porção do Todo que te habita; deixar-te ajudar por ISSO, deixar-te acompanhar por ELE. Talvez sempre quis ser teu amigo, mas não tenha podido receber seu Amor... só porque não o sabias! Agora te chegou esta notícia. Damos-te nós e queremos que também a dê o magnífico poeta antilhano Derek Walcott (Premio Nobel de Literatura em 1992):

O AMOR DEPOIS DO AMOR



O tempo virá
quando, com grande alegria,
tu saudarás a ti mesmo
que chega a tua porta, em teu espelho,
e cada um sorrirá a bem-vinda do outro,
e dirá: ‘ Senta-te aqui. Come.’

Seguirás amando ao estranho que foi tu mesmo.
Oferece vinho. Oferece pão. Devolve teu amor
a ti mesmo, ao estranho que te amou
toda tua vida, a quem não conheceu
para conhecer a outro coração
que te conhece de memória.

Recolhe as cartas do escritório,
as fotografias, as desesperadas linhas,
desprega tua imagem do espelho.
Senta-te. Celebra a vida. “


Autores: Virginia Gawel & Eduardo Sosa, Diretores do Centro Transpessoal de Buenos Aires, http://pensamientosensible.blogspot.com/ Permitida sua reprodução citando esta fonte.