diciembre 18, 2011

Cansei de ser chata, rasa. Vamos mais profundo!










Andei, vazei, esvaziei e voltei. Versão mais profunda, 12ponto12.
Como sempre chega o final do ano e eu venho me despedir de uma etapa para iniciar outra junto ao blog. Creio que alegria e humor são partes fundamentais da vida e hoje em dia tão necessárias, então decidi utilizá-los aqui para que nossas conversas sejam mais claras, iluminadas e leves, assim como desejo que seja o novo ano que se aproxima para todos vocês.

Estou gestando este texto há uns 3 ou 4 meses, sem brincadeira. Li muito, pesquisei, ouvi o mundo, mas o texto não nascia. Ia e vinha na minha mente, pois acho que são assuntos muito importantes e quero trazê-los para o foco do consumo consciente e não me encontrava para finalizá-lo. Acho que agora vai.

Quero tratar faz algum tempo de como se formam paradigmas, que a moda impõe e o mundo corre atrás, geralmente sem pensar ou refletir. Da obstinação da indústria da moda pelo luxo, ou novo (como assim novo?) luxo em contraponto com a “fast fashion” (moda rápida).
Primeiramente pensei em separá-los, mas creio que achei o fio da meada ao juntar tudo. Vamos lá.

Hoje vou, sobre tudo, contar histórias.
No início da moda, as roupas eram feitas sob medida, a chamada “haute couture” (alta costura) o que encarecia as peças, por serem personalizadas, exclusivas e sem grande escala (feitas uma a uma à mão) com materiais nobres também produzidos em pequena quantidade em geral vindos de terras distantes, mas o caimento e elegância proporcionada são incomparáveis. Verdadeiras obras de arte!
Aqui faço um parêntese: a roupa sob medida prioriza as proporções de cada pessoa o que automaticamente favorece cada corpo e volume em particular, valorizando seu estilo próprio. Ou seja, a roupa da costureira é um luxo, porque só você tem e é sob sua medida.

Continuando, com a recessão causada pela segunda Guerra e a necessidade de aquecimento econômico, surgiu a “pret-a-portêr” ou “ready to wear”, a famosa roupa pronta para uso, pois não necessitava provas nem ajustes personalizados, o que possibilita a produção em grande escala, reduzindo custos e tempo de produção. Muitas peças são produzidas em um curto espaço de tempo e os materiais, também produzidos em larga escala e mais acessíveis e, diga-se de passagem, sem tanta qualidade. Nesta produção em massa, que gerou uma criação massificada de moda e estilos, se desmonta o estilo pessoal.

Se me acompanha até aqui, entendeu que a partir desta jogada mercadológica a indústria da moda deixou de ter um estilo para produzir paradigmas, ou padrões a serem consumidos. O corpo particular torna-se a partir daqui um volume: pequeno ou médio ou grande. Quando muito, extragrande ou extra pequeno. As curvas e proporções individuais se tornam um padrão massificado. A elegância é massificada e em alguns casos, muito questionável.

Bacana podermos consumir mais por menos. Muito mais, aliás, já que a alta produção precisa escoar e dar continuidade a fabricação. Uma cadeia produtiva da moda e consumo que não podem mais parar, custe o que custar o progresso precisa continuar. Nasce o consumo compulsivo.
Os industriais de matérias primas, principalmente de fios (tecelagem) e pigmentos têxteis, começam a ditar o que se deve produzir para que girem os seus produtos em particular. Por exemplo, o pigmento preto está em alta no estoque porque as cores vivas foram tendência na última temporada, agora então terei de vender preto e cores que o empreguem, logo está composta a cartela “must have” do momento.  Com as fibras têxteis passa o mesmo. E isto se reflete inclusive nos formatos das roupas. Se numa estação a silueta é justa ao corpo e sobraram muitos fios, que produzem metros excedentes de tecidos, minha estação seguinte bem provavelmente terá roupas amplas, ou as ditas “over sized”. E se numa estação há muitos artigos de fibras naturais, as sintéticas que ficaram em estoque, serão potencialmente a tendência da próxima.
Lembram que as modas vão e vêm?
Pensaram que os estilistas eram os super criadores do mundo fashion, hãn? Nem tanto, nem tanto.
O Comitê Internacional da Moda que aglutina os maiores industriais e produtores de matérias primas no mundo, são sem dúvida os primeiros desta fila.

Agora que já falamos dos bastidores da criação e os padrões de moda impostos no mercado, vamos comentar os paradigmas.  Penso que está claro que seguir a tendência de moda é aceitar um padrão estabelecido pelo mercado de consumo que, nem sempre, foi pensado para realmente valorizar sua beleza e estilo pessoal. E nós, que somos os consumidores, pagamos por isto e os aceitamos.
E por que será?
Creio que vários fatores nos levam a isto. O principal é o bombardeio que sofremos através das mídias que nos convencem de um “padrão de beleza” de ponta ou “global”, somado ao nosso desconhecimento do que realmente me veste e faz bem, e uma ingenuidade que nos leva a consumir compulsivamente. Estamos reagindo ao invés de agir. Nós temos uma livre escolha, mas me parece que estamos anestesiados por uma imensa falta de informação que não nos deixa pensar nem agir. Devemos criar um modo mais amplo de pensar e atuar.

Tudo parece tão lindo e maravilhoso! Só parece.
Devemos pensar em por que e para que consumir tanto. Que cada vez que consumo, invisto em uma cadeia produtiva que em sua maioria não é saudável. Seja por poluir águas, ares, por empregar mão de obra sem condições adequadas, por não ser sustentável, o que seja, estou conivente com um sistema prejudicial ao planeta, à vida.

O padrão fast fashion foi uma forma de acelerar o processo de consumo que estava sofrendo uma baixa e um aquecimento rápido, mesmo sendo forçado pelo mercado, poderia reverter isto. E reverteu sim, somente para os fashionistas.
Porque no geral este tipo de estratégia é muito prejudicial. A mão de obra empregada em sua maioria é semi-escrava por conta dos prazos a serem cumpridos. A poluição causada por este processo é sem fim. Ou seja, nada sustentável, só para ter mais roupa no guarda-roupas a custo reduzido?
O custo na realidade é altíssimo e extravagante!
Porém de alguma forma a indústria da moda conseguiu embutir na cabeça geral da nação de que por ser fast, você também tem de ser veloz em comprar, porque se não acaba! “E como é que se faz para viver sem aquela peça X, meu Deus?”
Me poupem de responder a pergunta acima.
O que te peço é: raciocine! Como dizem por aí: realiza!
Você acha mesmo que deve ter aquela peça no seu guarda-roupa? Okay ela é uma pechincha, mas tem qualidade? E muito além disto, vale pagar pelo sofrimento alheio para ter esta peça no seu corpo? E estimular um sistema prejudicial? Realiza#2!

Agora vamos ao luxo.
O luxo na era dos reis era luxo. Todos queriam o luxo que vinha de terras quase inacessíveis e custava o olho da cara, pois simbolizava literalmente a realeza, o topo da hierarquia. Brocados da China, Sedas da Índia, tudo uma maravilha e a peso de ouro. Veio a massificação da moda, o estilista famoso lança hoje e a China copia igualzinho amanhã... O luxo exclusivo tornou-se artigo de luxo. Passou a ser muitas vezes, tom arrogante e pretensioso. E acorda, pois a monarquia acabou faz tempo, a que ficou é fachada de ditadura.
Então, lá vem a indústria da moda outra vez: agora temos o novo luxo! Aquele que é igual, mas com outros nomes e fachadas se torna quase inacessível, como se voltássemos aos tempos dos reis, e o paradigma agora é:
“Se você comprar esta pecinha, que custa dois olhos da sua cara mais meio nariz, você se sentirá e aparentará ser o REI do mundo!” De lambuja você leva e incorpora a sensação de que todos te respeitam mais, te obedecem mais e te amam mais!
Ora por favor, vai cair nessa? Vai se esquecer que neste processo provavelmente estão envolvidas formas de produção nem sempre sustentáveis e corretas? E crer que para ser “mais” precisa disto? Realiza#3!

Minha dica é: goste mais de você. Goste mais das pessoas. Goste mais do mundo!
Roupa é como obra de arte, ela tem de te fazer feliz e fazer brilhar seus olhos. Não porque o mercado ou a vendedora diz, mas porque realmente te cai bem e faz você se sentir mais bonita. Mais amável em si, e não mais amada pelo olhar alheio.
Digo que meu guarda-roupa contém obras de arte e não apenas roupas. Porque tenho coisas ali, que foram feitas com muito esmero. Na medida e proporção do meu corpo. Mesmo as compradas em lojas ou brechós. (SIM, eu compro e muito em brechó! Farei um post só sobre isto.) Porque conheço as minhas proporções, sei o que me cai bem e conheço as marcas, sei dos cuidados empregados nas peças, porque fica impresso na alma da roupa.

Vista sua alma, não apenas seu corpo!

Este é meu desejo para seu novo ano. Que em 2012, você possa vestir bem mais que seu corpo, possa preencher sua alma de alegrias, felicidades e graças. E com isto contagiar e ser contagiada pelo mesmo impulso amoroso por todos a sua volta. Um impulso Essencial de Vida!


E agora um listão de presentes:
1.      Um vídeo que faz parte do excelente filme “Janela da Alma”, recomendo, pois trata muito sobre paradigmas sociais. Aqui fica a parte do mestre José Saramago, que resume essencialmente o que quero que entendam: (atente bem a partir dos 4 minutos) 


2.      Como sempre falo e repito por aqui: Já parou pra pensar?
Para um feliz Natal alegre e divertido, uma visão de como se pode usar moda e ter estilo sem ser clichê ou uma vitrine ambulante, mas como obra de arte. Este vídeo da Cris Guerra me estimulou muito. E eu só agradeço sua existência! Veja depois dele, sobre a vida e a virada de vida desta guria. É muito motivador, ela é uma guerreira e vencedora! Dá um exemplo de vida. Inspire-se!



3.      María Antonieta Solórzano nos conta porque consumimos tanto e que é possível reverter isto, um vídeo sobre mudança de paradigma.



4.      Os paradigmas vistos pela espiritualidade por Lama Padma Samten, que nos fala sobre o mundo interno e a superação da ingenuidade.



5.      Um vídeo sobre a (real) História dos Cosméticos, que é um alerta muito importante que não só desconstruiu paradigmas de beleza, mas me chocou! NÃO DEIXE DE VER.



6.      E por último uma visão de como caminham as coisas para 2012. É um teaser de um filme a ser lançado que não deve deixar de se ver. É polêmico sim, mas devemos nos informar e entender melhor a realidade do mundo atual.




7.      AH! E não posso deixar de comentar e agradecer! Como vocês todos sabem, um blog vive e revive de seus leitores e comentários, se não fico achando que falo sozinha! Foi muito importante a participação de vocês todos, mas especialmente gostaria de agradecer a Anay Nascimento, uma nova leitora que se tornou amiga e a maior incentivadora deste blog. Muito grata Anay querida, que seu 2012 seja iluminado e frutífero, se é que me entende. :)  Para todos vocês, um lindo Natal sustentável e alegre! 




Beijos para todos, Boas Festas, au revoir, até já. _/\_

noviembre 03, 2011

Lembrete do bom

Por hoje, só uma dica poética:
Esta música "SOCIETY" de Eddie Vedder, traduz muito bem com o que concordo e tento passar aqui no blog.  Deixo a letra, junto a uma imagem que vale por mil palavras.

Oh, it's a mystery to me
We have a greed with which we have agreed
And you think you have to want more than you need
Until you have it all you won't be free

Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...

When you want more than you have
You think you need...
And when you think more than you want
Your thoughts begin to bleed
I think I need to find a bigger place
Because when you have more than you think
You need more space

Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...

There's those thinking, more-or-less, less is more
But if less is more, how you keeping score?
Means for every point you make, your level drops
Kinda like you're starting from the top
You can't do that...

Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...

Society, have mercy on me
Hope you're not angry if I disagree...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...
--

É um mistério para mim
Nós temos uma ambição que concordamos.
E você pensa que você tem que querer mais do que precisa.
Até você ter tudo, você não estará livre.

Sociedade, sua raça louca.
Espero que não esteja solitária sem mim.

Quando você quer mais do que tem
Você pensa que precisa.
E quando você pensa mais do que você quer
Seus pensamentos começam a sangrar.
Acho que preciso encontrar um lugar maior
Pois quando você tem mais do que imagina,
Você precisa de mais espaço.

Sociedade, sua raça louca.
Espero que não esteja solitária sem mim.
Sociedade, realmente louca
Espero que não esteja solitária sem mim.

Tem aqueles achando, mais ou menos, que menos é mais
Mas se menos é mais, como você mantém um placar?
Quer dizer que pra cada ponto que faz, seu nível cai
É como começar do topo
Você não pode fazer isso.

Sociedade, sua raça louca.
Espero que não esteja solitária sem mim.
Sociedade, realmente louca
Espero que não esteja solitária sem mim.

Sociedade, tenha piedade de mim
Espero que não fique brava se eu discordar
Sociedade, realmente louca
Espero que não esteja solitária sem mim...

Esta canção faz parte da trilha sonora do filme "Na natureza selvagem", que foi baseado em fatos reais (livro: Into the Wild do escritor, jornalista e alpinista estadunidense Jon Krakauer, publicado em 1996). 

Conta a história de um rapaz recém formado, de família abastada que resolve doar todo seu dinheiro e sair pelo continente americano para chegar no Alaska, sem companhia ou deixar rastros, ele busca o melhor dentro de si com o que tem, sua natureza primordial e essencial
Vale a pena conferir! Um filme profundo e tocante.
Deixo aqui um clipe do filme com a música:


Espero que gostem! Au revoir, até já.

septiembre 04, 2011

Simples Elegância


Eu falo muito aqui sobre a elegância, principalmente sob o enfoque de que menos é mais. Hoje deixo dois vídeos curtos que falam de uma outra elegância, a da simplicidade do SER em oposição ao do Ter, a elegante simplicidade do Ser, ou como gosto de dizer: simples elegância.

Os conceitos tratados por Satish Kumar (ecologista e pacifista) nos vídeos falam de seu ponto de vista de sustentabilidade, ecologia profunda e de como nossos hábitos e paradgimas sociais afetam nosso viver e planeta. Em como nosso estilo de vida atual é artificial e nos desconecta da Terra e da vida... Conceito no qual acredito profundamente e tento aqui, com minha gota-antídoto incentivar uma elegância real, profunda, simples e voltada para a re-conexão com o planeta, pois moda e estilo sem sustentabilidade, consciência e respeito pelo planeta não contém elegância alguma.

Pare, assista e reflita. É hora de despertar!Ame seu planeta, ame-se!

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Au revoir, até já!

agosto 17, 2011

A tara da Zara


Já citei aqui anteriormente sobre as marcas que deixam marcas...
Aquelas empresas produtoras de moda que não são nada sustentáveis, éticas, responsáveis e nem mesmo conscientes. E mesmo assim levam a maior fama impulsionados por nós e nossas compras.

Desde ontem um querido jornalista fez mais uma vez de super herói e denunciou a realidade de uma destas marcas que deixam cicatrizes profundas no planeta e em seus seres. E o pior: andam a solta pelo mundo desfilando como lindas damas, mas não passam de "lobo em pele de cordeiro".

Leia e conheça uma realidade que infelizmente ocorre muito mais do que se imagina ou se deixa saber...
http://blogdosakamoto.uol.com.br/2011/08/17/roupas-da-zara-sao-fabricadas-por-escravos/

Então solicito consciência e cuidado na hora de suas compras e opções de consumo!

E aqui você tem o vídeo do programa citado:
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Fecho com uma excelente frase do meu super herói preferido do momento, Leo Sakamoto: "Quando você compra, deposita seu voto naquela empresa, na forma como aquela mercadoria foi produzida. O ato da compra é um ato político."

Aja, consuma com consciencia e compaixão!
Como diz meu Lama: "Compassion is Fashion!"

Au revoir, até já.

julio 05, 2011

Verdade Essencial


Truth is the Voice of Nature and of Time
Truth is the startling monitor within us
Naught is without it, it comes from the stars,
The golden sun, and every breeze that blows. . . .
--W. Thompson Bacon


[A verdade é a voz da Natureza e do Tempo
Verdade é o surpreendente monitor dentro de nós
Nada está sem ela, isto vem das estrelas,
O dourado sol, e cada brisa que sopra...
-tradução livre]


Já tomamos lanchinho, falamos de frutas, formas e formatos, mas vou retomar o assunto Sustentabilidade sob o enfoque despertador... Aquele que tenta despertar você para a essencial verdade contida nisto tudo.

A verdade não possui uma definição exata e até hoje se discute o tema com variadas categorias, uma delas é de que não existem verdades absolutas. Existem dois tipos classificados de verdades: as subjetivas com as quais estamos particularmente familiarizados, aquelas que temos como indivíduos. Fulano tem um comentário como verdadeiro, e sicrano vê o mesmo comentário como não verdadeiro. E existem as objetivas, que são as demonstradas pela ciência, os ditos fenômenos que ocorrem independentes da existência do ser humano. São verdades comuns a todas as pessoas, exemplo: o sol nasce todo dia. Logo, cada indivíduo possui dois tipos de verdades: as próprias e as comuns ao mundo.

Eu digo que ainda existem as verdades maquiadas, que você sabe que foram adequadas para parecerem muito reais e muitas, mas muitas vezes nos confundem a fim de que se tornem comuns. No âmbito da Moda, e agora da sustentabilidade, isto acontece muito!
Buda disse certa vez: “Não acredite em nada do que eu digo apenas por respeito a mim, mas teste por si mesmo, analise como se você estivesse comprando ouro.”
Eu aqui neste blog tento analisar e esclarecer as verdades sobre a Sustentabilidade da Moda, como Buda disse.
E peço a você que me lê: faça o mesmo.

Como diz o poema acima, a Verdade é a voz da Natureza e do Tempo, por mais que se maqueie eu creio que a verdade sempre triunfa. Mesmo que demore um pouco, se seu monitor interno estiver ligado e antenado, fica mais rápido e fácil localizar as verdades.

Por que tudo isto?
Porque tenho andado a ouvir cada declaração assustadora em nome da Moda Sustentável que dá medo! Muito medo! E antes que “Maga Indústria da Moda” transforme tudo isto com sua varinha de condão em mais uma história da carochinha, vamos esclarecer!
Deixo claro que (um), meu pensamento casa em tudo com o do sábio Mestre Gandhi, ser tão sustentável que dizia: "Não existe beleza na roupa mais fina se ela gera morte e tristeza.”

Que (Dois) o conceito de sustentabilidade*, que começou a ser delineado na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo de 1972, vem do termo sustentável que provém do latim “sustentare” (sustentar; defender; favorecer, apoiar; conservar, cuidar) e onde se definiu em 1987: o uso sustentável dos recursos naturais deve "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas".

E (Três), que Moda sustentável aqui, para mim, deve ser pensada epistemologicamente*, que quer dizer: “o estudo da origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento, motivo pelo qual também é conhecida como teoria do conhecimento. Relaciona-se com a metafísica, a lógica e a filosofia da ciência, pois, em uma de suas vertentes, avalia a consistência lógica de teorias e suas credenciais científicas.” (*fontes: Wikipédia)

Logo, moda sustentável para mim neste blog, tem a ver com consciência global, ética, interdependência, espiritualidade, filosofia de vida, interconectividade, no intuito de se manter a verdade sobre o tema que tem sido tão praticado de diversas formas, formatos e condições, em alguns casos duvidosos, a meu ver. E voltando à verdade que em grego é A-Leteia, significando “o que não se esconde”, “aquilo que não passa”, a mesma Verdade que resiste ao tempo como o Estilo e Elegância, tão Essenciais em nossas vidas hoje e sempre!

Sustentável passa por ter de gerar alegria, felicidade. Se algo na Moda e sua produção contrapõem isto, não é sustentável, é o reverso! Este é um critério básico de identificação.

Posso vez ou outra, tratar aqui de imagem pessoal, seus truques e segredos, mas terão de me pedir. Sinto mais urgência no momento de falarmos das Verdades Reais do tema de Moda Sustentável. Que minha gota-antídoto ajude a revelar as verdades essenciais de verdades maquiadas que andam por aí em rostinhos bonitos e boquinhas pintadas.
Seja cauteloso e busque a Verdade Essencial, se você mantiver seu coração aberto e sintonizado, saberá detectar. Siga seu coração e busque a verdade essencial, sempre.
Este vídeo mostra num dos tantos episódios, as ilusões constantes a que estamos submetidos e nos ajuda a distinguir aparência de realidade. Veja e repense seus hábitos.

Bienvenido a la Realidad 43 - La Diferencia entre Apariencia y Realidad
http://www.youtube.com/watch?v=ia9PbZ_aX8U

É hora de despertar!

“All our actions take
Their hues from the complexion of the heart,
As landscapes their variety from light.”
--W. Thompson Bacon


Au revoir, até já.

imagem: Madonna By Steven Klein

julio 01, 2011

Modelos e Modelitos (ou formas e formatos)




Hoje vou falar de um tema de imagem pessoal que a indústria da moda não fala, não sei bem por que. Mas como sabemos, conhecimento é poder, de decisão inclusive!

Todos querem estar bonitos e bem vestidos, mas a maioria esquece que existem formas de roupas e formatos de corpo. E combinar formas inadequadas ao formato de nosso corpo sempre causa uma impressão visual desfavorável. Sim, pois quando você acha uma pessoa elegante, mesmo quando está muito casual, em sua maioria é porque ela sabe usar as proporções. Entender e trabalhar bem com o formato que se tem de corpo é um passo firme na direção da elegância. Utilizar com sabedoria o jogo de proporções nos ajuda a criar um efeito visual que destaca melhor nossas qualidades e camufla nossas desvantagens físicas.
Como dizia Dior: “Não é o dinheiro que faz a pessoa ser bem vestida, é o discernimento."
E eu completo: discernimento e seu bom uso.

Causar uma boa impressão se torna fácil depois que você entende seu formato e combina as boas formas para compor seu visual. Então quando comprar roupas ou montar o “look” veja se combinam entre si e se não são antagônicas ao seu estilo. Isto poupará muito do seu investimento de dinheiro e tempo.

Nenhum corpo é igual ao outro e a moda em geral impõe um padrão de corpo que não temos!
Então, cuidado na hora da compra e combinações.
Especificamente no Brasil, temos a estatura mediana mais baixa que o padrão do mercado mundial e, por exemplo, as bainhas das calças sempre sobram. Você já tentou parar para pensar no desperdício que isto causa ao planeta? E quantas vezes já comprou por impulso porque estava na última moda e não usou a peça, ou não se sentiu realmente elegante com ela e a jogou fora? Então comprar certo, conscientemente, passa por saber qual melhor forma a comprar para aproveitar o máximo da peça. Isto é uma atitude sustentável.

Você sabe qual o formato do seu corpo?
Aqui neste site tem uma maneira automática e prática de calcular para saber:
Body Type Calculator

Mas eu peço que você generosamente vá para frente do espelho e olhe-se demoradamente, sem roupa. Isto, aliás, deve ser um exercício constante de autoconhecimento e avaliação POSITIVA! Eu faço isto constantemente, onde para o que está bem dou nota 10! E onde não está tão bem, digo: podemos melhorar um pouco aqui, atenção! Mas saiba você, que minhas celulites têm nome e são minhas amigas! Eu não deixo de ir à praia por causa delas! Não sou perfeita. Alguém é?
Verifique sua postura em dias diferentes, ela muda, muitas vezes conforme o humor. Observe e corrija! Isto influi, além de no humor e atitude diante a vida, altera inclusive o caimento da roupa e a torna mais elegante. Este exercício de espelho são tempos pessoais e revigorantes. Experimente!
( Para ler mais sobre espelhos, leia aqui: Espelho, espelho meu)
Agora vamos ver quais são os formatos.


°Banana ou retangular
Formato: as medidas da cintura são pouca coisa menor do que o quadril e busto, o que dá uma impressão retangular. As proporções são praticamente iguais, com pequenas diferenças, não são curvilíneas. A cintura deve ser seu foco!
Formas: Use jaquetas, casacos e vestidos acinturados, saias evasês, pregas, cintos para marcar a cintura. Casacos e blusas que destaquem os ombros com golas ou babados também são uma boa. Abuse de decotes em formatos de “V”, “U” canoa e para quem gosta do estilo, o corselete é outra ótima opção para delinear a silueta.
Evite: Camisas ou blazers de modelos quadrados e largos, gola alta, que cobrem o colo e deixam a silueta mais pesada, vestido de corte reto, saia justa e tubo, jaquetas curtas/quadradas (sem serem acinturadas), são formas que devem ser evitadas.

°Maçã (circular)
Neste formato as medidas têm os ombros mais largos e busto e quadril mais estreitos. As proporções superiores são maiores. Assim disfarçar a parte superior é o objetivo.
Formas: Na busca de combinações adequadas, prefira chamar a atenção para o colo e pescoço, com decotes “V” ou “U”, brincos e colares. Opte por calças sem pregas, de cintura alta e corte reto. Vestidos retos acima dos joelhos.
Evite: blusas curtas, roupas justas demais, vestidos com recorte abaixo do busto e cinturões.

°Pêra (triângulo para cima)
Formato: os quadris são maiores do que as medidas de busto. As proporções inferiores são maiores. Logo, disfarçar os quadris é o alvo.
Formas: Camisas que tenham o decote que ultrapassem a linha do ombro para alagá-lo como os canoa e camisetas de alças, com babados ou volumes são ainda melhor.
Calças ou saias de cores escuras e retas sem serem justas, modelos evasês.
Evite: calças de cintura baixa ou com pregas, cigarretes ou strech, assim como as saias volumosas.

°Ampulheta/Violão (triângulos opostos)
Formato: o quadril e busto, são quase do mesmo tamanho, com uma cintura estreita. As proporções são equilibradas e curvilíneas. Este é o formato mais almejado.
Formas: ressalte a cintura, mas não de maneira exagerada, procure valorizar uma das partes do corpo, pois seu formato já é bem curvilíneo por natureza. Por exemplo, se usar uma forma ajustada na parte inferior, use uma forma “solta” na superior e vice-versa. Utilize formas que permitam movimento, cômodas e femininas.

Se você prestar atenção, o seu formato de corpo pede em geral a forma oposta para se equilibrar. Sabendo deste truque, para vestir-se adequadamente num visual equilibrado e elegante fica mais fácil.

E o que afinal esta salada de frutas tem a ver com sustentabilidade?
Tem que com este conhecimento, você não agirá por impulso e nem sob a pressão de vendedores na hora de adquirir mais! VOCÊ sabe o que te veste melhor e os porquês.
Decisão de compra é algo que se usado com discernimento, se torna muito sustentável.
Você pode inclusive reformular aquela peça que você adora, mas não te cai bem... A forma pode estar em desacordo com o formato. Recicle!

Espero que este post "recreio" tenha elucidado o tema das proporções.

E lembre-se sempre do sábio conselho de Leonardo da Vinci: “A simplicidade é o último grau de sofisticação.”

Au revoir, até já.

junio 29, 2011

Design Sponge

Hoje venho rapidinho para deixar uma dica linda, o site Design Sponge.
Assim tomamos um fôlego já que tenho andado densa em meus últimos posts. :)

Este site é muito charmoso e dá dicas ótimas e sustentáveis de "faça você mesmo" e não cansa nunca pois tem uma diversidade de assuntos, dicas e sugestões muito criativas e tratadas de formas viáveis. Até casamentos sustentáveis podem ter suas inspirações aqui!
Tem várias dicas!

Espero que gostem!

Au revoir, até já.

junio 27, 2011

Consciência crítica


Resolvi fazer um momento sabático aqui no blog onde damos uma refreada para esclarecimentos e novos posicionamentos.
Pensei em como é que vocês aí deste lado da tela, entendem a minha postura e resolvi dar uma ajudinha. Já que para quem não me conhece, pode parecer estranho uma pessoa ter trabalhado durante tantos anos na indústria da Moda e agora vir aqui descascar a sapucaia. Poderia até parecer revolta, mas não é. Chama-se consciência.

Eu trabalhei durante mais de dez anos no setor da Moda, subindo degraus, rapidamente até, mas foi uma longa conquista. E desde o início soube e presenciei abusos. Pensei no início de carreira que isto acontecesse aos ditos inexperientes, mas não. Quanto mais se subiam degraus, maiores os abusos de todos os tipos e de formas cada vez mais, digamos sofisticados para manter os jargões do setor.

Já assistiu ao filme “O Diabo veste Prada”? Pois é, ele foi baseado em uma história real do alto escalão internacional do setor, então imagine você, o que se passa na boca miúda!
Quando assisti este filme tive falta de ar e saí tonta, pois me vi na tela!
A minha parada de emergência se deu quando fui proibida de ir tomar meu café na cozinha, onde conversava com a copeira D. Maria e me servia pessoalmente. Isto, ao meu ver, me fazia espairecer e tomar o café fresco, já que esta senhora de seus 60 e tantos anos, caminhava a fábrica inteira servindo café pessoa por pessoa duas vezes ao dia. Então se você, por ventura estivesse ausente, ao voltar seu café estaria frio. E não tive negociação, o recado enviado pelo Diretor foi: “seu cargo hierárquico não condiz com esta atitude.” Detalhe: o cargo dele era muito, digamos superior, para falar comigo diretamente!
Isto foi A gota d’água no imenso e caudaloso oceano de egos e vaidades ensandecidas. Naquele momento para mim, estava numa sinuca, onde ou eu me moldava ao padrão que não condizia com minha verdade, ou eu saía do jogo e continuava inteira.

Preferi continuar inteira, mesmo que um pouco quebrada.

Então chegamos aqui. Onde passados anos, desfeitos muitos paradigmas, resolvi colocar minha ação em voz, miudinha como eu talvez, mas como diz James William: “Aja como se o que você faz fizesse diferença, porque faz.” Pois acredito sim que podemos fazer a diferença, mas antes de tudo necessitamos consciência!
E como no mundo da moda o glamour recobre todas as ações da indústria com um glacê tão espesso e doce que todos se esquecem de onde vieram e para onde vão, e ficam literalmente alucinados, resolvi criar uma gota de antídoto, e aqui estamos.

Para finalizar, deixo um comentário de Herbert Steinberg sobre o pós-industrial que elucida muito este momento:
“Você e eu, que vivemos com um pé no período industrial e outro no pós-industrial, corporificamos uma fase de mudanças e conflitos. Ainda que condicionados pela conjuntura, cabe-nos uma atitude crítica. Já vimos as maravilhas e os horrores dos artefatos humanos e já sabemos que a natureza não é inesgotável. Estamos despertando para a busca da felicidade isenta do poder de compra. O ócio criativo, bandeira inaugurada por De Masi, pode realmente ser uma plataforma de mudança para melhor.”

Espero ter ajudado você a despertar um pouquinho mais.

Au revoir, até já.

junio 20, 2011

Uma imensa Verdade

Este post é diretamente uma continuação do anterior.
Uma simples e linda explicação verdadeira e profunda de Carl Sagan que nos dimensiona bem o tamanho de nossa responsabilidade com o Planeta.




E para fechar uma frase que gosto bastante, de um Ser que aprecio mais ainda.
‎"Change yourself and you have done your part in changing the world."
~Paramahansa Yogananda~

Faça sua parte, é muito importante!
Nós não temos um outro Planeta Azul, que se tenha conhecimento até o momento,então devemos cuidar dele.

Au revoir, até já.

junio 18, 2011

A verdade de Verdade


Eu nunca disse isto antes, então vou pedir...
Como ouvi certa vez de um Professor, solicito: eu peço a vocês que tenham paciência em me ouvir já que aqui digo e direi coisas a primeira vista, um tanto estranhas, que em certos casos, necessitam de tempo para serem digeridas, pois a verdade de Verdade as vezes nos custa entender, conectar.

O que nós conhecemos do mundo é uma associação de informações de nossa própria experiência e daquilo que os outros compartilham conosco.

Qual é a sua verdade? E a verdade do mundo qual é?

Conhecemo-nos através de uma associação de nosso próprio conhecimento e território (mental e emocional inclusive), e do que os outros compartilham conosco.
Quando começamos a explorar a verdade, temos que decidir qual é a nossa verdade pessoal, e criarmos um novo nível da verdade interna.

Eu peço aqui que você investigue a sua real Verdade para enxergar a verdade de Verdade do mundo.

Já é hora de despertarmos. A Terra já não pode esperar mais.
Mas seja paciente em me ouvir e entender os novos paradigmas que coloco aqui, por favor.

Grata por me ouvir. Au revoir, até já.

junio 17, 2011

Moda Sustentável & Sustentabilidade , o que é? (PARTE II)




Vamos desmistificar este tema!








Resolvi escrever uma segunda parte para “ O que é Sustentabilidade? E Moda Sustentável? ”, pois é meu texto mais acessado diariamente, mesmo depois de meses.
Ao reler, percebi muita técnica, jargões e então vou retomar o tema de forma descontraída e mais objetiva. Clara e lúcida.mente.

A Indústria da Moda existe há séculos e como tal seu objetivo maior tornou-se o LUCRO.
Foi ela quem se apropriou da contracultura juvenil nos anos 60 onde os jovens americanos em rebeldia social contra a ditadura dos ternos, se apropriaram dos macacões de jeans dos mineiros e começaram a utilizá-los como vestimenta diária, junto a uma T-Shirt (camisaeta) que era até então, considerada roupa de baixo (underwear). Era um movimento de contestação.
Nasceu então o estilo casualwear (roupa casual, do dia a dia) ou streetwear (roupas usadas nas ruas, urbanas), aquele que se vê nas ruas, que os “diferentes” usam e que “vira” moda descontraída, casual. A indústria da Moda percebe o movimento juvenil, segue o rastro, leva-o para a indústria que o massifica, “antecipa” tendências e lucra com isto.
A Levi’s Strauss na época identificou o movimento no aumento das vendas e providenciou o “ajuste” para fornecer o que a “massa” queria: uma roupa mais descontraída, casual, confortável. Modelou calças e jaquetas, amaciou o jeans, pois não necessitava ser tão duro e resistente, daí vestir jeans passou a ser moda.

Logo, a indústria da moda não quer te fazer mais lindo, esbelto, saudável.
Ela quer vender, aliás, ela quer que você compre muito, mais e sempre pois ela tem de lucrar!
Mesmo que para isto ela afirme o tempo todo que você é imperfeito, feio ou infeliz, por estar mal vestido de acordo com os ditames atuais que ela impõe.
E ela também não se importou nada, quase nada, com a preservação do planeta, seus ares, águas, florestas, animais ou populações... Digamos com o seu bem estar, ou das comunidades, países, meio ambiente, planeta em que atua. Afinal para ela, isto não dá lucro.

Como citado acima, a moda detecta e persegue nossos desejos, para supri-los sempre. Nós finalmente crescemos e amadurecemos e começamos a perceber que estamos num Planeta vivo do qual dependemos.
Que a Terra tem um limite, já muito pequeno para nos sustentar e permanecer viva e que não estamos sendo NADA SUSTENTÁVEIS ao extrair tanto do Planeta sem nada repor. Começamos então a exigir responsabilidade social, comportamento sustentável, inclusive da indústria da Moda.

Claro, a indústria da moda logo percebeu o movimento! E mais uma vez como uma Maga e sua varinha de condão, transformou nossos desejos em realidade, inventou-se a Moda Sustentável. Pirlim-pim-pim! E moda sustentável virou Moda!
Como Maga, a Moda sabe que NÓS TEMOS O PODER DE DECISÃO QUE CONSOLIDA SEU FATURMANETO! Ela bem entende, e nós finalmente começamos a entender, que quem dá as cartas SOMOS NÓS, consumidores! Se comprarmos, ela lucra e cresce. Ponto. Mas se não comprarmos...
A indústria da moda vai à falência!




Logo, CONSUMO RESPONSÁVEL está intrinsecamente ligado a uma PRODUÇÃO RESPONSÁVEL = SUSTENTÁVEL. E sustentável, caro leitor, passa por vários âmbitos, não só o do meio ambiente. Está ligado a caráter, ética, valores, relacionamentos e impacto. Resumindo, é como eu atinjo este mundo com a minha passagem, no micro e macro cosmo.

Como cita Leonardo Boff*:
“ A Terra está ficando, cada vez mais pobre: de florestas, de águas, de solos férteis, de ar limpo e de biodiversidade. E o que é mais grave: mais empobrecida de gente com solidariedade, com compaixão, com respeito, com cuidado e com amor para com os diferentes.
Quando isso vai parar?

Este blog se propõe a tentar fazer você parar...
Para pensar e responder a questão acima.
A Terra viveu e continuará a viver sem nós, mas nós não viveremos sem a Terra!
Já pensou nisto?
Nós podemos fazer a diferença com nosso poder de decisão, nossa AÇÃO!
Fazer o novo, mudar a direção.


O ponto em que insisto aqui, parafraseando Leonardo Boff, é que hoje falar de sustentabilidade é de muito bom tom.
A palavra sustentabilidade serve de etiqueta de garantia de que a empresa, ao produzir, está respeitando o meio ambiente (pense aqui de forma global, pessoas, comunidades, recursos).
Por trás desta palavra, tão poderosa na atualidade, se escondem algumas verdades, mas também muitos engodos. De modo geral, ela tem sido usada como adjetivo e não como substantivo, ou seja, uma ação ineficiente, perfume sem fragrância. Só etiqueta, não qualidade de verdade.


Sim, existem empresas realmente responsáveis, éticas e sustentáveis. Mas temos muito, muito que aprender. Inclusive a identificar quais são elas realmente.

Então caro leitor, Moda Sustentável é ter um estilo único e exclusivo, o seu!
Guiado e referenciado por valores de altíssima elegância e qualidade: Amor ao Planeta, cortesia, ética, respeito por TODOS os seres, integridade, inclusão, simplicidade e SAÚDE!
A sua, a nossa, a do planeta TODO! Leia-se aqui saúde vital, espiritual, emocional, física, ambiental, financeira, macro-cósmica. Artigos estes de luxo absoluto.

Afinal ser Essencial é ser sustentável.

Au revoir, até já.

*PS: Quero deixar aqui meu agradecimento sem limites a Leonardo Boff, ser elegante, essencial e sustentável! E o link para seu *texto completo (maravilhoso como sempre!):
Sustentabilidade: adjetivo ou substantivo?

imagem inicial: Paul Mobley's recycled
imagem central:http://www.smallplanet.org/about/anna/bio

junio 14, 2011

Parada Obrigatória

Este vídeo (Dirigido por Yann Arthus-Bertrand para as Nações Unidas) diz muito!
E quando eu vejo algo assim me dói profundamente pois sou o tipo de pessoa que tem empatia afetiva pela Terra, nossa Casa! Eu sinceramente desejo que o mesmo aconteça com você para que pense no que realmente é ESSENCIAL na sua, nossa Vida.



A princípio você pode pensar: o que este tema tem a ver com este blog?
Eu te digo: TUDO! Pois como diz no vídeo:
"NÓS DESTRUÍMOS O ESSENCIAL PARA PRODUZIR O SUPÉRFLUO."
E aqui tento tratar de esclarecer o Essencial e reciclar o que ainda é supérfluo!

O que você acha disto? O que sente ao saber que seu consumo desenfreado causa no planeta? Na Natureza, na vida alheia onde inclui-se os seres árvores que te ajudam a respirar, viver, curar-se?
Elas existem no planeta bem antes de nós seres humanos!
Que delírio de direito é este de pensarmos que podemos destruir as Florestas?
Apesar de o vídeo em si não falar de Moda, eu digo. Sem um cultivo responsável, a indústria da Moda destrói sim o meio ambiente, a começar pelas águas, os ares e consequentemente a biodiversidade das florestas.

Nós podemos ajudar! É NOSSO poder de ESCOLHA! NOSSA DECISÃO!
Por favor, escolha certo! Nós podemos ajudar! Ainda é tempo!
Temos o poder de fazer NOVAS ESCOLHAS.
Consuma responsavelmente, ame a Natureza, ame seu Planeta.
Seja fraterno, pois somos indissociáveis!

Recomendo que você assista ao vídeo três (é eu disse 3) vezes para que este ensinamento real, assente-se em sua mente e mude sua consciência.

Au revoir, até já.

junio 06, 2011

Primeira ECO Fashion Paraty



Em agosto (dias 5,6 e 7) acontecerá o primeiro encontro ECO Fashion em Paraty. Ponto para nós!

Sob a coordenação de Bernadete Passos do Instituto Colibri, o projeto quer promover em Paraty um grande encontro de estilistas, designers e estudantes de Moda, que tenham como propósito a Eco Moda.
E pretende fortalecer o desenvolvimento sustentável a partir da conscientização de como o Planeta tem sido afetado e propiciar educação ambiental, além de incentivar pesquisas e criações que contemplem a conservação do meio ambiente e o respeito à diversidade cultural Brasileira.

Acesse o site do projeto para saber mais:
http://paratyecofashion.com.br/evento/

Estes encontros são importantes movimentos de divulgação e fomento da Moda Consciente em nosso país. Compareça, participe, divulgue!

Au revoir, até já.

junio 03, 2011

Por trás das Marcas


Já citei a SETEM (link abaixo) aqui no início do blog, que adoro, pois fazem um ótimo trabalho de conscientização e informação, não só de moda mas de comércio justo e consumo consciente. Um exemplo a ser seguido por aqui.
http://setem.org/site/es

Este vídeo excelente, fala sobre os efeitos das marcas e seus rastros em nossa humanidade e planeta.

As marcas famosas, em geral, na pressão imposta pelo consumo desenfreado (no mais recente estilo Fast Fashion) que a própria indústria da moda impõe (e nós consumidores a estimulamos), repassam esta pressão aos seus trabalhadores de forma descomunal, indigna e injusta.
As ditas Marcas deixam marcas, não só no mundo, mas na Alma destes trabalhadores.

Veja o vídeo e saiba mais como estas indústrias tratam seus funcionários, o planeta e me diga:
Você crê que esta energia que fica registrada na roupa que você leva no corpo é mesmo a que você quer usar?
Você fica feliz de saber que participa deste processo ao consumir estas marcas?
Pois como diz no vídeo: "Quando você consome, elege o mundo que quer."



Nós temos a opção de eleger conscientemente, com responsabilidade e ética, afinal "Não se faz um Mundo diferente com gente indiferente."

Una sua força de decisão, conscientize-se e ajude a divulgar estes valores conscientes de respeito e dignidade para com o planeta e todos seres que dependem dos trabalhos nas indústrias de Moda e que são eles que diretamente ajudam as mesmas a serem famosas.

Gracias!

Au revoir, até já.

Impacto Fabril


Este vídeo demonstra bem, apesar de curto, o violento impacto das indústrias têxteis, específicamente falando de estamparias, aqui no caso em Blangadesh.

Este exemplo não se diferencia do que ocorre em todo o mundo! Como citado, mostra que existem esforços para mudar esta situação, mas ainda há muito o que fazer para que se mude esta realidade.

Uma, e creio a maior delas, é você se conscientizar do que sua roupa colorida e estampada causa no mundo em que você vive e viverá.
Existem muitas famílias que vivem e se alimentam ao lado destas indústrias e não tem como se defender. As águas poluídas dos despejos fabris, são as águas de consumo diário destas famílias. Como bem ilustra o vídeo. Sem falar na contaminação do ar.

Você já pensou que poderia ser uma delas? Então pense e atue! Pois um dia estes efeitos chegarão ás suas águas, ares e alimentos.




Não estou dizendo para nunca mais se comprar roupas coloridas ou estampadas, mas se puder eleger uma marca que saiba ser realmente responsável com sua produção, ponto ganho. Consumir conscientemente, se realmente necessita e vai permanecer com a peça na sua vida por longos anos, ponto ganho dois. E se puder consumir apenas Moda Eco, ponto ganho três!

Assim, consumindo consciente e responsável.mente, ajudamos a nós, aos outros e ao planeta! E se quiser continuar na cadeia deste processo evolutivo, ajudamos ainda aos menos favorecidos, neste caso as famílias vizinhas a estas fábricas, a saúde global e local. O Planeta todo. Ponto ganho sem limites! Pois se você consome responsavelmente, as indústrias que não produzem desta forma, se vêem obrigadas a mudar.

Use seu poder de Ação! Ele serve para isto, uma melhor direção.

Au revoir, até já.

junio 02, 2011

Slow down & slow motion



Já falei aqui que tenho momentos de silêncio, que são mergulhos interiores.
Saio um pouco "do ar", percorro mundos e paisagens para poder voltar revigorada e certa do que exponho aqui.

Alguns vêem isto como desleixo e falta de compromisso com o blog.
Eu discordo.
E explico: se ainda não ficou claro, esclareço, que eu ando fora do ritmo habitual, nado na contra maré, vou de viés...
Então não espere de mim o que se pratica na maioria dos blogs em termos de posts diários.
Eu vou devagar e sempre, com consistência de preferência.

Acredito que um mundo melhor existe. Está em nossas mãos, atitudes, escolhas e valores. E isto se faz lentamente, cuidadosa.mente, delicada.mente, ao meu ver.
Sendo no mundo o que se quer ver no mundo. Eu quero PAZ, para mim, você, todos nós.

Nestes últimos meses andei desertos, ouvi mundos distantes e tão cercanos de uma mesma realidade, a da moda insustentável que se apresenta ao redor do planeta e as consequências de um consumo inconsciente e desenfreado.

Isto repercutiu em mim e aparecerá aqui.
Decidi expor melhor estes mundos. Assustadores e muito reais.
Sempre tentei mostrar de forma delicada e gentil. O tempo espaçado era inclusive parte do "plano" para uma absorção lenta, suave. Porém o mundo roda veloz demais e se não pararmos conscientemente com este consumo desmedido, o planeta sucumbirá!

Sendo assim, creio que minhas inserções serão mais curtas, diretas e constantes.
E espero assim, mais eficientes e construtivas.

Entretanto sem deixar de lembrar que os movimentos lentos, suaves e constantes, são os melhores. Elegantes e Essenciais.

Au revoir, até já.

Nova Postura


Muito boa campanha da Models.com, que aponta uma nova tendência e demonstra que evoluímos bem mais para o SER do que para o TER de maneira correta, linda e NATURAL!
Parabéns á agência, modelos e linda atitude!

A campanha VIVA London foi clicada pelo fotógrafo Scott Trindle, que não utilizou equipes de maquiagem, cabelo nem roupas de estilistas. As modelos foram clicadas com suas roupas pessoais, cabelo ao natural e sem maquiagem e não tiveram suas fotos retocadas por photoshop! SHOW!

O que me faz reafirmar: o mundo caminha melhor ao natural!

Confira as fotos você mesmo:
http://models.com/mdx/?p=8238


E aqui o vídeo-trailer:

As fichas caem.


O famoso estilista Tom Ford, em depoimento ao jornal Daily Mail sobre o lançamento de seu novo documentário "Visionaries", onde trata da vida do próprio e dos bastidores da criação de sua nova linha feminina, fez uma declaração incrível:

“Fico confuso com o que fazemos na moda, porque acabamos convencendo as pessoas de que elas não são perfeitas o suficiente. Promovemos o materialismo, que definitivamente não é o que traz felicidade ao mundo”.
Onde só confirma, que até um grande estilista pode "cair em si" e perceber que, sim, Beleza e Elegância são atemporais, têm sim suas imperfeições e principalmente de que o consumismo/materialismo desenfreado pode sim levar á infelicidade.
Ou melhor, não traz a felicidade ao mundo!

E complementa:
“Quando deixei a Gucci, voltei para casa, fechei as cortinas e dormi. Quando acordei, olhei meu calendário, que costumava estar lotado, e não tinha absolutamente nada. Eu não sabia mais quem eu era ou o que deveria ser.”

Pois o que ele tinha e pensava ser, não existia mais... Que bom que ele Despertou!

Viva Tom Ford e as "fichas que caem"! Viva o consumo CONSCIENTE!
Viva a Sustentabilidade!

marzo 20, 2011

S.T.Y.L.E.


Sempre falo aqui do Estilo ESSENCIAL, no meu modo de ver... Muitas vezes busco sintetizar. Nem sempre consiguo. Mas hoje encontrei na página de um amigo especial a síntese do que tento passar para vocês! Haleluiah! Ele fez por mim a mágica que tento há dois anos. Gracias Russel! <3

Então voilá!!!
Aqui abaixo segue a receita básica e MÁGICA do que quero passar a vocês como sendo o Estilo Essencial!

S.T.Y.L.E. - Simply Transmit Your Light's Essence

When we can relax into being ourselves, we can let our inner essence shine. True & genuine style has to do with being confidently & authentically yourself. Just let your love light shine & everything will be fine. A.B.C. - Acceptance Brings Contentment
(Author:-Russell McDougal - www.facebook.com/IsleofViewInsights)

E como imagem, minha eterna musa e mulher inspiradora: Audrey Hepburn em um momento iluminado...e Essencial!

Au revoir

marzo 11, 2011

Imagens que valem por mil palavras

Na entrada de mais um fim de semana, onde pensaremos nas catástrofes mundiais que têm ocorrido desde o início deste ano, somada á do Japão desta madrugada, deixo dicas cinematográficas, onde mais que palavras, ou a essência (que tanto repito aqui como um mantra!), valerão as imagens...
Que falam muito mais que mil palavras! E desejo que como na música: "A cada milágrimas sai um milagre”, isto gere milagres de mudança de pensamentos em consciências ainda adormecidas, para que despertem sobre como seu consumo altera o planeta, para não dizer, degrada.

A primeira dica de filme é SURPLUS-Terrorismo do Consumo, do Diretor Erik Gandini, que retrata a odisséia visual intensa filmada ao longo de três anos em oito países.
Surplus explora a natureza destrutiva da cultura consumista (onde a cadeia produtiva e consumista de moda, tem papel importante!).
Sobre um pano de fundo onde coabitam os líderes mundiais mais cínicos e lideres do pessoal das grandes empresas, o filme foca-se no controverso guru da antiglobalização, John Zerzan, cujo apelo à provocação de danos sobre a propriedade inspirou muita gente à intervenção direta nas ruas. Uma montagem impressionante numa série de imagens de cortar a respiração transforma a noção estatística, segundo a qual 20% da população mundial absorve 80% dos recursos globais, numa intensa experiência emocional.



E a segunda boa dica da semana, segue a mesma linha.
O documentário THE CORPORATION, de Mark Achbar, Jennifer Abbott e Joel Bakan, é baseado no livro “The Corporation – the Pathological Pursuit of Profit and Power”(A Corporação - A Busca Patológica por Lucro e Poder), de Bakan, que também é o roteirista do filme.

O documentário traz depoimentos muitas vezes polêmicos como o de Milton Friedman, economista vencedor do premio Nobel que diz “ Pedir a uma corporação que seja socialmente responsável faz tanto sentido quanto pedir a um edifício que o seja.
E coloca em discussão o relacionamento das grandes companhias com o indivíduo em várias dimensões (social, cultural e política), evidenciando como a lógica do lucro pode ser responsável pela construção da cultura corporativa e da responsabilidade social e política das organizações.



Bom final de semana reflexivo! Desejo profundamente que de milágrimas nasça um milagre de tornarmo-nos mais conscientes, responsáveis e compassivos pelo Planeta em que vivemos!

Grata por me ouvir.

febrero 23, 2011

Encanto, Sedução e Roupa



Outro dia cruzando a Baía de Guanabara de barcas presenciei uma cena que me inspirou a postagem de hoje.

Um calor de 40 graus, tarde carioca ensolarada de alto verão, no embarque das balsas sob a brisa do oceano avisto uma cena típica das mulheres cariocas e porque não dizer, brasileiras?
Uma mulher jovem, com “tudo em cima” porem apertadíssima em seu traje justo, além das medidas! Vestia uma blusa de tecido sintético colada ao corpo com saia de bandas elásticas pretas, curtérrima. A blusa era tomara-que-caia, a saia tinha 30 centímetros no máximo e eram assessorados por um salto de pelo menos 15 centímetros.

Era evidente o desconforto!

Claro, a moça chamava atenção de todos os olhos, acho eu, atingindo o seu objetivo.
Mas fiquei me perguntando para que? Para que tanto aperto, tanto decote, tanto, tanto a expor? Pois além de expor o corpo, as curvas e as qualidades todas, estavam à mostra o sutiã e o total desconforto do aperto e do calor. O que tornava seus movimentos justos e pequenos pela impossibilidade de serem fluidos, o que era notado por todos.

Ali olhando, me ocorreu a sensação da necessidade que algumas mulheres têm de acharem que a roupa poderá fazer com que sejam mais amadas, ou melhor dizendo, bem amadas.
Todas cometemos este engano uma ou várias vezes. E algumas a vida toda.

Sim, a roupa nos identifica, conta quem somos e em geral aponta nosso estado de humor.
Nos torna mais belas na medida em que são apropriadas ao nosso biotipo físico, e isto inclui não serem nem grandes e nem pequenas demais, mas na medida!
E há um grande engano aqui e ao redor do mundo de que roupa justa emagrece. É um engano fatal!
Roupa justa demais expõe, o que deve e o que não deve aparecer.

E na mentalidade brasileira existe a falsa crença de que peito e bunda a mostra dão mais cartaz... Torna-nos mais bonitas, almejadas, cortejadas. Será?
Será que aquele cara realmente interessante, se interessa só pelo seu visual exposto?
Será que a capacidade dele não consegue ver o seu conteúdo, o seu encanto pessoal, sem ser o físico?

Será que seu encanto só aparece espremido por roupas justérrimas e saltos gigantes?

Eu deixo aqui minha opinião profissional e de mulher.
Como mulher digo:
Não esprema sua auto-estima! Faz mal a saúde!
Seu conteúdo vale mais que qualquer desconforto!
Sua beleza está bem além das suas curvas e qualidades físicas.
Como consultora de imagem digo:
A sedução não está em mostrar tudo! Ao revés, um jogo de insinuação cumpre bem mais esta função. Por vezes uma transparência seduz mais que deixar tudo a mostra.
E por favor, saiba diferenciar elegância de vulgaridade, essencial para se ter um estilo encantador.

Drummond e a Etiqueta

Um poema de Drummond para pensarmos se consumimos ou se somos consumidos...

enero 22, 2011

Obsolescência planejada

Levo tempos sem vir aqui...
Como explicado anteriormente, tenho momentos de profundos mergulhos. E nos meus mergulhos últimos vi muita coisa, muita coisa aconteceu e muita informação e insights foram gerados.

Começo a volta com este vídeo que trata de uma indústria de Obsolência planejada, algo que você precisa ver para entender melhor e repensar seu consumo diário, na Vida e no Planeta. E de como somos manipulados por nossas indústrias!

Dê uma olhada.


Volto já!